domingo, 17 de março de 2013

Geopolítica Portugal

PORTUGAL TEMPLÁRIO

Os Templários na Formação de Portugal.

«No final do século VI, o rei Suevo, o visigótico e suas elites converteram-se ao catolicismo romano. Na origem destas conversões devem estar factores políticos, ou seja, o clero católico era mais organizado, tinha bibliotecas, sabia latim, etc. Todavia, da mesma maneira que muitos hispano-romanos continuaram católicos apesar da invasão dos povos bárbaros, que se converteram ao arianismo, também a adopção do catolicismo por parte das elites suevas e visigóticas não significa, de nenhuma forma, que o povo seguisse o mesmo caminho, pelo menos de coração. As crenças religiosas não se mudam por decreto. E é um facto que, no tempo da reconquista cristã, os abades de Cluny, que vieram para a península, tiveram como uma das missões acabar com as crenças heréticas dos moçárabes. Pelo menos no Ocidente peninsular, não conseguiram ter um êxito completo nesse objectivo.

Antes disso, em 711, deu-se a invasão muçulmana. O exército de 18.000 berberes, comandado por Tarik, entrava na Península. A expansão do mundo islâmico foi uma bênção para todos os cristãos que eram perseguidos pelo catolicismo, desde a Ásia Menor, passando por todo o Norte de África até à Península Ibérica. Os judeus peninsulares, que começam a ser ferozmente perseguidos a partir dos inícios do século VI por instigação do clero católico, também beneficiaram da invasão muçulmana. Infelizmente, só recentemente se tem começado a dar maior visibilidade histórica aos quatro, cinco séculos de dominação mourisca no território português. Como sabemos, a sua influência deixou marcas de maior relevo no sul do país. O seu nível cultural, civilizacional e tecnológico era muito superior ao do reino visigótico peninsular. No geral, não perseguiam os cristãos nem os judeus. Os capitães eram maometanos e, na época, muitos seguiam os preceitos corânicos:
  •  Não façais violência aos homens por causa da fé;
  •  Não discutis com os judeus e cristãos se não em termos amigáveis e moderados.


Aliás, era-lhes favorável a existência de moçárabes (cristãos sob domínio islâmico) e judeus, dado que estes pagavam mais tributos ao governo. Desenvolveram uma civilização notável para a época, como ainda hoje o demonstram os seus monumentos em Córdova e Granada (Alhambra). Construíram ricas bibliotecas e desenvolveram centros de cultura, tendo demonstrado uma especial atracção pelo oculto.

Os mouros eram profundamente versados em ciências ocultas e, em Toledo, Sevilha e Salamanca estiveram, numa certa época, as grandes escolas de magia [a magna ciência dos mistérios]. Os cabalistas desta última cidade eram hábeis em todas as ciências abstrusas, esotéricas; conheciam as virtudes das pedras preciosas e de outros minerais e extraíram da Alquimia os seus mais profundos segredos. Existiam também muitos mestres sufis. Estes, de certa forma, eram os gnósticos do islão pois conheciam em profundidade o esoterismo maometano e praticavam técnicas que levavam ao êxtase ou, como diria hoje a moderna psicologia, a estados modificados de consciência. Aderiu ao sufismo uma elite numerosa de homens inteligentes. Estes, tal como os Templários, eram profundamente tolerantes para com todas as formas exotéricas de religião. O sufi Muhyi'd-Din ibn'Arabi (século XIII) afirmou:´

"O meu coração abriu-se a todas as formas: é uma pastagem para as gazelas, um claustro para monges cristãos, um templo de ídolos, a Caaba do peregrino, as tábuas da Tora e o livro do Corão. Pratico a religião do Amor; qualquer que seja a direcção em que as cabanas avançarem, a religião do Amor será sempre a minha religião e a minha fé."

Segundo o cronista da saga do rei Sigur, Lisboa tinha, no início do século XII, 200.000 habitantes, metade deles cristãos! Embora se deva aceitar este número com alguma reserva, Lisboa deveria ter uma magnitude espantos a para a época. Nenhuma cidade do condado portucalense deveria ter mais de 10% da população citada. Estima-se que Portucale (Porto) tivesse 3.000 habitantes. Através deste cronista, ficamos igualmente a conhecer a expressão da população moçárabe; 50% em Lisboa. Jaime Cortesão não hesita em afirmar que o moçárabe foi uma das traves mestras da nacionalidade e vê nele um antecedente importante da vocação marítima dos portugueses:

"O moçárabe foi um cristão e um românico, que produziu, se deslocou, vestiu, divertiu e, enfim, viveu à maneira dos árabes, mas conservou intacto o cerne e a essência do carácter. Feitas estas reservas, bem se pode afirmar que o moçarabismo representa uma fusão de culturas, sem abdicação do que há-de medular na personalidade de origem (...) O rápido despertar do povo português para o seu género de vida típico, o comércio marítimo à distância, só pode explicar-se pela sua longa aprendizagem na escola árabe. O tráfico à distância, por terra e mar; foi de longa data o género de vida típico dos árabes. Vivendo em íntimo contacto com estes ou com berberes arabizados, os moçárabes partilham, em proporções peninsulares, daquela formação vital.”

A função dos Templários era basicamente pegar todo esse conhecimento sigiloso e transmiti-lo secretamente. Isso deu origem às escolas herméticas. Quando a igreja quis expandir seu poder, verificou que os templários eram poderosos guerreiros, com dinheiro e muita informação, muito conhecimento e os usou para expandir o poder da Igreja, o poder de Cristo, o poder de Jesus.

Os templários foram usados pela Igreja para expandir o poder e expulsar os Mouros da Península Ibérica, que não eram católicos, eram muçulmanos, árabes. Quando a igreja percebeu que os templários eram excelentes aliados, mas que também detinham o conhecimento dos apócrifos bíblicos, e viram que chegaram a um ponto que não havia mais como expandir, deram ordem de extermínio a Ordem Templária. Fizeram isso para se apropriar do que a Ordem tinha e resgatar todo o material e convertê-los definitivamente em apócrifos, fora do conhecimento do povo.

Então, a ordem era exterminar a Ordem Templária, por mando do papado. Os templários se subdividiram e criaram uma nova ordem secreta, que viria a ser muito tempo depois, chamada de Maçonaria

A Maçonaria por sua vez se envolveu com a cúpula política, de forma secreta, sem o conhecimento da Igreja. Porém, como alguns membros foram torturados e acabaram revelando, a Ordem Maçónica.

Esta por sua vez, foi chamada de Iluminados da Bavaria, trocando de nome em outros países para escapar das torturas e da Inquisição. Em outro momento passou-se a ser chamada de Ordem Rosa-Cruz. Então, todos são derivados de uma única Ordem, que tinha o nome mudado para escapar das torturas e perseguições da igreja católica.

A Ordem Templário escondia e transmitia o conhecimento deixado por Jesus, segundo a interpretação de Tiago, que é uma das interpretações do trabalho de Jesus. Há interpretações de João, as de João Batista, e de várias outras linhagens.

Algumas pessoas durante a iniciação recebem a informação de terem pertencido a Ordem Templária ou suas derivações porque tem hoje que libertar os Templários, que deram a vida para vos salvar e para resguardar o trabalho de Tiago e de Jesus. O número de templários que foi morto não se sabe. A Ordem era muito grande, então não dá para definir o número de membros, porque é uma ordem que durou um longo período da história, além das mudanças de nomes.


É muito grande o número de Templários que foram massacrados, assassinados pela Igreja, pelos Mouros, e mesmo por outros grupos. Calculo que no momento existam mais de 18,7 mil membros da Ordem Templário ainda em sofrimento umbralino. Eles devem ser resgatados, e por isso eles aparecem no trabalho de alguns de vocês. Eles querem ajuda, querem ser encaminhados, porque eles prestaram serviço pra Jesus e “Jesus ainda não o veio buscar”, segundo a reclamação deles.


O Yaslon, quando esteve em Portugal, fez diversos trabalhos de libertação de Templários nos castelos que ele visitou, já libertou mais de 5 mil membros. Mas ainda existe um elevado número a serem libertados. São pessoas que estão esperando. A última libertação que ele fez foi num castelo templário em cima dos túmulos. Ele encaminhou as entidades, mas esses templários também estão clonados no umbral, então número é maior ainda.


Para realizar esse trabalho de libertação  vocês devem abrir os portais, as colunas lúdicas de limpeza e identificação, vocês focam num mapa da França, por exemplo, e começam a limpar. Mas vocês deverão estar bem ancorados, pois irão directamente de frente a Ordem do Dragão Negro. É um trabalho delicado, que pode resultar em chipagem, todos esses problemas que estamos explicando a vocês nas diversas técnicas.

Foi principalmente na Península Hispânica, e em particular em Portugal, nas campanhas de reconquista contra os mouros, que os Templários mantiveram a sua acção de luta pela propagação da fé cristã. Como em França e na Inglaterra não tinham as mesmas condições dedicaram-se sobretudo à actividade financeira, o que os tornou odiosamente vítimas da inveja dos grandes senhores feudais e mesmo de réis  Para tal, contornavam as disposições da igreja que proibiam os cristãos de exercer tal actividade.

Foram até banqueiros do Papa, de reis, de príncipes e de particulares. O seu grande poderio financeiro pô-los mais tarde em conflito com a maioria dos soberanos, ao pretenderem estes defender os seus interesses e dos seus vassalos, que com jactância cobiçavam as suas riquezas, denunciavam publicamente às mais altas instâncias eclesiásticas, a duvidosa origem lícita dos bens dos Templários. Por assim dizer, eram um estado dentro doutro estado, que originavam muitas vezes graves perturbações de prosperidade económica no entender dos ditos soberanos.

Os Templários na Península Ibérica tiveram uma actuação benemérita que foi reconhecida e recompensada pelos reis com benefícios importantes. Estavam isentos de impostos e da jurisdição episcopal como os censos eclesiásticos gerais. Ao contrário do que ocorria em França e na Inglaterra, na Península Ibérica os reis concediam-lhes privilégios e doações de territórios muitos dos quais situados nas fronteiras, de preferência em zona de combate e de vanguarda cristã contra os mouros.

O NOBRE CRUZADO BORGONHÊS HENRIQUE FUNDA A DINASTIA TEMPLÁRIA DO CONDADO ‘‘PORTUGALENSIS ‘’

« dedit maritatam Enrico camiti, et dotavit eam magnifice dans portugralesem terra juce heriditaria ».
1.    D. Henrique 1096 1112 Pai de D. Afonso Henriques
2.    D. Teresa 112 1128 Regente na menoridade do filho (r. 1112 - 1128), com o título de regina («rainha»). Mãe de D. Afonso Henriques.
3.    D. Afonso Henriques 1128 1139 O Conquistador O Fundador O GrandeSabe-se que os condes Borgonha D. Henrique e D. Raimundo chegaram à Península Ibérica no final do século XI a convite de Afonso VI de Leão e Castela, como fronteiros e em espírito de cruzada para auxiliar na defesa e na reconquista contra os Almorávidas D. Henrique

O Conde D.Henrique, 4° filho de Henrique de Borgonha, bisneto de Roberto I de França, irmão dos duques Hugo e Eudes de Borgonha, e sobrinho-neto de S. Hugo, abade de Cluny, foi no seu tempo na Península um dos representantes mais activos do espírito europeu da época.

É natural que os réis de França quisessem que os duques de Borgonha concretizassem a sua vassalagem, e como em teoria eram sujeitos da coroa, fruíam de uma independência que não era vista com bons olhos pelos réis de França.

 Revelada a expansão do Catarismo no Languedoc que se estendeu pela Borgonha, Provença, e por Aragão, os borgonheses viram-se envolvidos nas campanhas albigenses.
D. Henrique, como cruzado foi atraído por zonas de combate contra os infiéis e quis ligar à Terra Santa a sua posição de fronteiro do Ocidente.

Tendo acompanhado o seu primo Raimundo na Cruzada contra os sarracenos, visita na Península Ibérica a sua tia a rainha Constança de Leão, tendo sido convidado pelo rei leonês Afonso VI a ajudá-lo no combate aos infiéis no condado Portugalensis - Portus-Calixis – o mesmo que Porto Graal ou Portugal, nome proveniente do Cálice sagrado, um dos símbolos paleo – cristãos particularmente venerado pelos Cátaros e pelos Cavaleiros Templários.

Para compensar D. Henrique dos serviços prestados na sua luta contra os mouros, o rei Afonso VI,  no ano de  1095  dá-lhe em casamento  a sua filha D. Tareja, oferecendo  como dote o  ‘fronteiro’ condado PORTUGALENSIS, integrado nos estados do rei de Leão,  no que restava da antiga Lusitânia. Este condado surge em meados do século IX abrangendo ao norte o Alto Minho, para o oriente a hoje província de Trás-os-Montes, Douro, e Coimbra. O distrito de Coimbra abrangia o Douro, Mondego, até ao Tejo; no ano de 1097 D. Henrique dominava o território do Minho a Santarém.


Os sucessos militares ocorridos na primavera de 1095 moveram Afonso VI a acentuar mais a separação do condado PORTUGALENSIS dos  outros territórios peninsulares, sem a qual era mais difícil continuar a  fazer a guerra na fronteira com os sarracenos.

 Segundo o testemunho da Crónica Lusitana, muitos franceses tinham passado os Pirenéus para participar na batalha de Zalaca, e ainda depois desta.       

Nada indica que o Conde D. Henrique tivesse abraçado a doutrina cátara, mas decerto como Bolonhês perfilharia as razões da luta do Languedoc contra as hordas capetianas, e condenaria as medidas repressivas tomadas pela Cúria Romana. Foi ‘cruzado’ e em Jerusalém contactara com os Templários a quem tinham sido revelados os princípios da religião ‘dualista’, com origem na antiga doutrina de Zoroastro.

A primeira referência a D. Henrique é de 1072, (Chartes de Cluny) e em 1082 num documento de Molesme é considerado ‘puer’. Na data do seu casamento em 1095 andaria pelos seus 30 anos de idade, pelo que se conclui que deveria ter nascido em 1065. Usava o manto de Cruzado pelo que se supõe ter estado na Terra Santa, e é entre estas duas datas que se distingue na fronteira sudoeste da Península Ibérica contra os Almorávidas  Formou a sua corte de fidalgos, artistas e sábios predominantemente borgonhesa e provençal, que continuou durante a dinastia de seu filho o rei Afonso Henriques.

Ao casar a sua filha Tareja (Teresa) com Henrique, Afonso VI não se limitou a entregar-lhe governo do condado PORTUGALENSIS  com a qual já frequentemente se confunde o distrito Coimbrense e o de Santarém debaixo desse nome comum. As propriedades regalengas, isto é, do património do rei e da coroa, passaram a ser possuídas como bens próprios e hereditários da coroa. É a estes bens que parece que se refere a célebre passagem da crónica de Afonso VII falando de Tareja


D.Teresa

O Conde D. Henrique nunca deixou de fazer viagens à Síria e à Terra Santa em Cruzadas. E como Cruzado morreu em 1112, na terra que tinha libertado dos infiéis. Seu filho, D. Afonso Henriques escolheria a Cruz de Cristo das Cruzadas de seu pai e templária como símbolos do escudo de armas que imortalizou na bandeira portuguesa.

Embora tenha sido criada para a defesa da Terra Santa é na Península Ibérica que os Templários em 1128 fazem os seus primeiros combates, quando D. Teresa  viúva do Conde D. Henrique - mãe de D. Afonso Henriques - lhes confiou a tarefa de conter o avanço do Islão e guardar as fronteiras do Sul do Condado PORTUGALENSIS.

1126 – Primeira doação aos Templários em Portugal: Fonte Arcada
Após a morte de D. Henrique a sua viúva D. Tareja concede à Ordem do Templo por foral de 1128 os castelos de Soure e Alpreade, e também a terra deserta e despovoada, entre Coimbra e Leiria.
. 1128 – Doação aos Templários, também por D. Teresa, do Castelo de Soure e das terras entre Leiria e Coimbra. Confirmação da Ordem dos Templários no Concilio de Troyes.

D. Afonso Henriques

1128 – Vitória do Infante D. Afonso Henriques sobre a sua mãe na batalha de São Mamede.
1131 – Redacção definitiva, por S. Bernardo de Claraval, da Regra Templários.
1140 – Vitória de D. Afonso Henriques sobre os mouros na batalha de Ourique.
1143 – Reconhecimento do título de Rex, usado por D. Afonso Henriques, com o apoio do Papa Eugénio III, que fora discípulo de Bernardo de Claraval. O Mosteiro de S. João de Tarouca passa à obediência de Claraval, seguido dos Mosteiros de Lafões, Salzedas, Sever, Fiães, S. Pedro das Aguias.





















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